Começamos com uma corridinha leve até o PC1, onde pegamos a canoa Canadense (2ª vez que remava neste tipo de embarcação) imaginem o medo de virá-la no lago, pois como iríamos desvirar ? Depois de uma remada até que tranquila de quase 2 horas chegamos ao PC/AT2. Então, pegamos as bikes e começamos um pedal de mais ou menos 17 KMs até o Bar da Maria, onde seria praticamente a base da prova (PCs 3,6,9 e 12). No caminho ficamos sabendo (estávamos no meio da Copa do Mundo) que a Argentina tinha perdido de 4×0 (felicidade total). Chegando ao PC3 deixamos a bike, comemos algumas coisas e partimos para o PC4, depois de um pequeno erro e uma subida desnecessária num morro encontramos o PC sem muitos problemas. Começamos então a subida até o Morro do Sapo, o qual era possível ver o PC lá de baixo, subida até que tranquila apesar do desnível de 300 m. Chegando no topo do morro o visual realmente pagou o esforço feito (pena que a bateria da minha máquina tinha acabado ainda no remo). Começamos a descida, que aconteceu sem problemas e voltamos ao Bar, agora como PC6 e seguimos para o PC7, uma subida até a Antena de TV que, apesar de ser em estrada de terra o desnível de +/- 400m e a inclinição custou suor e muito esforço. Chegando ao PC pegamos uns refris e um sanduba e dá-lhe descer, agora através de uma trilha (que não conseguimos seguir) pois a descida pela estrada estava proibida, nos perdemos um pouco e encontramos uma outra dupla, também na mesma situação – Solução? “Rasga Mato” (atravessar o mato numa determinada direção mas sem nenhum caminho) – ficamos orientados mas tentando achar a trilha correta por +/- uns 30 minutos e, a preocupação de escurecer era grande; felizmente achamos a trilha correta e conseguimos chegar no PC8, ainda com a luz do dia. Então, voltamos em um treeking de aproximadamente 3 KMs para pegar as bikes e voltar pelo mesmo caminho. Quando chegamos no PC9 (Bar da Maria) já estava escuro e começamos a preparação para os aproximados 40Km de bike (na realidade foram mais 55, mas tudo bem). Saímos do bar por volta das 18:30 rumo ao PC10 e, foi difícil nos orientar pois o mapa estava desatualizado e algumas estradas que existiam no terreno não estavam no mapa, enfim, seguimos por instinto procurando a bendita linha de transmissão (que não vimos) e acabamos descobrindo depois que estávamos no caminho correto, o que foi confirmado com um trecho extra de 1 KM para certificar que estávamos realmente onde achávamos que estávamos. Caminho confirmado fomos em direção ao PC10, que foi sem dúvida o mais difícil de todos por causa da navegação (noturna) difícil e, pela dificuldade do terreno que passava por estradas no meio das plantações de eucaliptos da Suzano. Depois de muito sobe e desce e muitas dúvidas, achamos o PC10 e para nossa surpresa a parte que no mapa parecia ser a mais complicada (caminho do PC10/11) foi tranquila, pois o Single Track no mato estava bem pedalável. Chegando no bairro dos Eucaliptos assinamos o PC11 e voltamos para o Bar. Este trecho foi tranquilo mas bem cansativo, até porque a marcha dianteira da minha bike travou e tive que usar quase que todo o tempo a catraca intermediária. Algumas dúvidas no meio do caminho mas sem muitos problemas, chegamos ao Bar por volta das 23 horas (13 horas de prova, já). Fizemos uma correria para enviar a caixa de reabastecimento através de um pessoal que estava de saída (caso contrário, teríamos que buscá-la depois da prova) e na pressa esqueci de pegar o gatorate, well paciência. Começamos então, a última parte desta jornada, a qual pensamos que seria tranquila, afinal já havíamos passado pela maior parte do caminho no ínicio da prova entre o PC2 e o PC3, porém, tínhamos um agravante a cerração não nos permitia ver mais do que 5 metros à frente dificultando a navegação, além do cansaço e o frio, pode-se dizer que foi a pior parte da prova. Por causa da cerração, nos perdemos (por uns 500 metros) um pouco depois da saída do bar, mas logo voltamos ao caminho correto e passando pelo asfalto entramos enfim na última estrada. A visibilidade prejudicada pela cerração piorava a cada momento e como não conseguíamos enxergar quase nada não tínhamos muita idéia de onde estávamos, entra aqui e ali, até que chegamos em uma igreja, a qual já havíamos passado pela manhã, então conseguimos nos encontrar no mapa e vimos que faltavam aproximadamente 3 a 4 KMs para a chegada. “Pé no pedal”, encontramos algumas pessoas no caminho e perguntei se estávamos na direção certa e o Sr. me disse sim – pode seguir reto que logo “depois do subidão”; começa o calçamento de Itaiaçupeba; interminável subidão dá-lhe empurrar a bike e para completar, no final um trevo que não existia no mapa. Novamente seguimos o senso de direção e chegamos ao final da prova completando 14 horas 52 minutos e 34 segundos depois da largada.
Hoje estou com o corpo dolorido, ainda cansado mas já me preparando psicologicamente para a próxima prova afinal de contas com Corrida de Aventura é assim, quanto pior, melhor!!
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